domingo, 26 de janeiro de 2014

Sino que toca


O toque do sino louco
Que toca sem parar 
Uma melodia maldita
Que me quer matar
Toca de forma incessante 
É penosa sua vontade
Num tocar que nunca cala
Distorcendo a realidade
Toca um sino, toca outro
Nesse som tão afinado
Que faz fugir o mundo
E deixar abandonado
O sentenciado vivente
Que ouve sem parar
O tocar daquele sino
Que teima em não calar
Quem o cala eu não sei
Mas não o quero ouvir
Esse barulho de metal
Que me tenta afligir
Toca uma e outra vez
Num balançar descontrolado
Para deixar-me perdido
Ou um pouco atordoado
Já não sei se toca
Ou se está na minha cabeça
Esse som tão inconstante
Com que minha alma tropeça.

H.N


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