Correr e correr atrás
Do futuro, da aventura
Que me faça sentir vivo
E mais perto da lonjura
Num sentido que não se vê
Viver tão intensamente
Num pulsar marítimo
Vivendo assim tão livremente
Sou louco por pensar assim
Por querer fugir a sina triste
Mas eu sei que vou voar
E que a beleza ainda existe
Sou um crente sem Deus
Sou um monge sem mosteiro
Numa nova filosofia do sentir
Serei eu o ser primeiro
Na cúpula de vidro que cobre
Minha catedral de orações
Vive esta cede de viver
Escrevendo longas canções
Não sei se chamar vontade
Se demência ou crença
Por vezes penso que é sonho
Outras vezes que é sentença
Mas essa vontade de viver
Voltas que a vida dá
E enfrenta-las com a poesia
É o que me mantém por cá
H.N
Sem comentários:
Enviar um comentário