quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Correr

Correr e correr atrás 
Do futuro, da aventura
Que me faça sentir vivo
E mais perto da lonjura

Num sentido que não se vê
Viver tão intensamente
Num pulsar marítimo 
Vivendo assim tão livremente

Sou louco por pensar assim
Por querer fugir a sina triste
Mas eu sei que vou voar
E que a beleza ainda existe

Sou um crente sem Deus
Sou um monge sem mosteiro
Numa nova filosofia do sentir
Serei eu o ser primeiro 

Na cúpula de vidro que cobre
Minha catedral de orações
Vive esta cede de viver
Escrevendo longas canções

Não sei se chamar vontade
Se demência ou crença
Por vezes penso que é sonho
Outras vezes que é sentença 

Mas essa vontade de viver
Voltas que a vida dá
E enfrenta-las com a poesia 
É o que me mantém por cá

H.N

Sem comentários: