quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Condor



Nas asas do condor
Que voa alto, tão alto
Cruzando a imensidão
Que se mostra em sobressalto
Numa envergadura celeste
Sua soberania sobre a terra
Num misticismo xamânico
Que sua vontade encerra
Dos altos picos ao mar
Do gelo ao calor
Essa ave que voa longe
Dançando ao sabor
Das correntes de ar
Que são convergência e divergência
Que transformas as encostas
Por onde vivem com prudência
Tantos seres diversificados
Parte de um ecossistema
Que se debate num reinado
Sem disputa nem dilema
Ave do alto da serra
Que governas nesse voar
Baixa desse teu céu
E vêm a terra pousar
Dos Páramos andinos és filha
Não á envergadura maior
Os indígenas destas terras
Cantam ao teu louvor
És inspiração de tantos
Nessas alturas tão imensas
Não sabemos com te reges
Nem sabemos como pensas


H.N

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