Num medo extremo do profano
Sem saber se vivo em pleno
Ou deixo-me guiar pelo engano
Num passo, tão pequeno, tão temeroso
Perco a noção do que me rodeia
Deixo por momentos este mundo
Encontro o lugar que a alma anseia
Na linha da vida em alturas pendurado
No alto do percurso eu oscilo
Entre reflexos dos tempos passados
Eu aos poucos e poucos jubilo
Olho o luar refletido em água
E meu reflexo é desconhecido
Sem parecer de mim um pouco
Fico preso a uma mágoa
Que não deixa desvanecido
O que me deixou tão louco
H.N
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