sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Meu sentido


Meu sentido táctil
Meu pensamento aberto
Minha força de viagem
Numa guerra de afeto
Num querer desmensurado 
Na região mais desértica
Somos pó da estrada
Somos os traços da ética 
Não é reto o caminho
 Não e limpa a estrada
Onde caminhamos tantas vezes
Madrugada trás madrugada
Falando só entre a multidão
Num chinfrim de ruido morto
Tocando ruas e gentes
Num andar de desconforto
Todos andam tão loucos
Ruas empoeiradas e chão vazio
Procurando cada parte de si
E talvez um novo desafio
Correm almas, correm seres
Vivos, mortos, eu nem sei
Mas neste mercado de sensações
Já nem sei com quem falei
Vejo alguém que até conheço
Mas não lembro bem de onde
Já o dia está por terminar
Já o sol ali se esconde 
Volto ao refúgio dos corações
Onde descansam os pés calejados
E deixo dormir esta alma
No sono longo dos enganados.

H.N

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