domingo, 5 de janeiro de 2014

Passa sozinho

Ele, só ele, tão ele
Que passa sozinho
Pelas pessoas da cidade
E procura no caminho
Encontrar a verdade
Ele, só ele, seu nome
Que num suspiro de nada
Se prende a vivência
Que na velha madrugada 
Vem mostrar em indulgência  
Que ele, só ele, sempre ele
É um nome já banido
Dos livros da minha história
Coisa de tempos, esses idos
Que não pesam na memória
Sempre ele, mesmo nele
Se fez já mais certezas
De que a dependência é querer
E que entre façanhas, riquezas
Eu poderia esquecer
Nele, só para ele
A quem viva já sem norte
Lutando sem mais poder
Contra a tortura e a morte
Sempre e quando eu quiser
Que para ele, nunca para mim
Passem as vontades desejadas 
Que são obras sem razão
Que nunca antes acabas
Me perturbam em ilusão
E claro que nele, só ele
Pois um fim ao tudo
Entre os medos desgarrados
Ouvindo o grito mudo
Que nos deixou despedaçados

H.N

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