Perguntei ao rio nascente por ti
Mas não respondeu, silêncio
Perguntei as pedras do chão
Se teus passos elas sentiram
Mas calaram novamente
Perguntei ao norte se é guia
Dos teus passos que te levam
Para longe, cada noite, cada dia
E que me afastam e negam
Cansei de perguntar por todo lado
Não me falam de ti, nem de nada
Só o silêncio ficou, só silêncio
Entre farrapos que os levam o vento
E nem um sinal de ti
Mas o vento que aparece de repente
Sussurra algo, murmura ao meu ouvido
Trazendo teu perfume no seu ventre
Mostrando-me que não estás perdido
Já tenho notícias de ti, sei onde vás
E te encontrarei pelo caminho
Para te mostrar que sou capaz
De transformar o medo em carinho.
H.N.