quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Nome

Nome, meu nome, minha gente
Entre tumultos e palavras cruas
Que se escondem nas pedras lisas
Que se despojam de qualquer sentir

Nada, tão nada, só delas
Essas fontes de água insana
Onde banhaste teu corpo oscilante
De curvas tão belas e perfeitas

Sempre, num sempre tão presente
Que não apaga tua recordação
Marcada a cada risco da vida
Em profundos sulcos de sal

Tão longe, na lonjura do teu olhar
Eu perco parte do horizonte
E deixo que o vento varra a folhas
Essas folhas soltas de outono

Querer, por querer a liberdade
Ergo os braços a luz que chega
E ainda tento seguir em frente
A espera da nova madrugada.

H.N

Sem comentários: