segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Alma de criança

Alma de criança
Tão livre, tão ligeira
Tão pura em seu sentir
Na nobreza verdadeira
Crua e sem mácula
Numa perpétua ingenuidade 
De quem tem a certeza
Que penteia a verdade
Sublimes rasgos de soberania
Entre a ternura dos anos
Que fazes a generosidade
A cura para os enganos
Cada um contém um pequeno
Tão pequeno vestígio
De ti oh criança!
Sinal do grande prodígio
Manter essa criança viva
Tão vida no seu sentir
De ingenuidade em viver
Num desapego de partir
Manter-te presente, só tu
Numa juventude perpetuada
Pela vida que levas
Pela rua, tua estrada!
Sem nome, nem rosto
Essa criança interior 
Que num suspiro , num riso
Revives para o exterior
Nunca a deixes ir
Nunca deixes esse olhar 
Tão terno de criança
Não olhar o breve luar

H.N


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