sábado, 25 de janeiro de 2014

Jogada


Na jogada da noite
A tacada final
Para falar a verdade
Esperando o teu mal
Na meia-luz da roleta 
Na ficha escondida
Numa cartada de sorte
Numa alma vencida
Uma carta sem rosto
Uma sentença de jogada
Na viciante companhia
Que prolonga a madrugada
Jogos de amor e sorte
De sentença e dinheiro
Não podes fugir ao julgamento
De quereres ser o primeiro
Que numa única tacada
Arrecada as fichas do jogo
E num toque de simplicidade
Transforma a calma em fogo
No poker onde apostas
E na sorte vens e entregas
A alma por coisa qualquer
Oscilando na morte que renegas
Entre a sorte e o azar
Uma linha tão fina
Entregas os cobres em mão
Numa qualquer esquina
Neste edifício de vícios
Perdes teu nome e teu futuro
Colocas tudo a perder
Deixas-te cair inseguro 

H.N

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