segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Nas nuvens


Numa brancura perpétua 
Tão bela e aveludada
São as nuvens por onde passo
Que me acompanham nesta estrada
Uma estrada de ar e correntes
Que movimentam tempestades 
Moldando mares e gentes
Alterando mundos e realidades
Nesta altura que me encontro
Já nem sei mais quem sou
Só sei a rota que tomei
E conheço o lugar onde vou
Nesta viagem de altura
Faço contas ao meu percurso
Pensando tudo o enfrentei
E que não deixei como recurso
Penso quão infinito é o mundo
Na sua circular silhueta
E como posso eu viajar
Neste sentimento poeta
Muitas viagens que eu farei
No corpo deste avião
Mas a outras que só farei
Através de um pensar balão
Que bem seja essa máquina
Que me eleva as alturas
E que seja louvada a poesia
Que me faz criar loucuras
Loucuras de malas e bagagem
Que cabe num espaço confinado
Num crânio de solido osso
Que de poesia fica lacrado 

H.N

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