Julgamento sem razão
Direita e esquerda sem nome
Já não há política que compreenda
Porque o povo ainda passa fome
Não se entendem, não conseguem
Chegar a um ponto em comum
Reparte críticas e acusações
Sem chegar a lugar nenhum
O comunismo ou socialismo
Já não respondem ás necessidades
De um povo que quer paz
Governado com as verdades
Uns influenciam outros
A manipulação abunda
E sem se aperceber
Este barco afunda
A ganância polui o ar
A arrogância de ideologia barata
Faz pensar em abandonar
Lutando contra o nó que nos ata
E assim é a governação
Este mundo sem rumo
Entre as ideologias gastas
Só vejo sinais de fumo
Não se suporta mais esta luta
Esta guerra de ganâncias
Que matam milhões de pessoas
E aumentam as distâncias
O poder dos grandes
Que manipulam os pequenos
São a contaminação da alma
Alimentada com feno
Consideram o povo burro
Ou marioneta manipulada
Mas um dia se vão cansar
E colocar pés à estrada
Estas ideologias putrefactas
Já cheiram tão a velho
Porque será que tanta gente
Não se olha ao espelho
Defender ideologias sem pensar
E o que muitos propagaram
Agora é hora de renovar a terra
Fazer o que ainda não deixaram
Juntar povos num grito
De união e humanidade
Esta deverá ser a guerra
Que nos una de verdade
Na língua de Camões
Vos digo sem medo
Que ainda não é tarde
Mas também não é cedo
Não argumentem sem pensar
Por aquilo que julgam conhecer
Pois defender o que não se compreende
É ensinar sem saber
Não aceitem o que vos dizem
De ânimo leve e sem questionar
Pois podem querer utilizar vossa voz
Para o mal propagar
Sejam atentos, não vacilem
Hoje sou eu, amanhã serás tu
Vamos unir a capacidade de pensar
E ser firmes como o bambu
Liberdade não é fazer tudo
O que queremos fazer
É agir de forma pensada
Sabendo o que iremos obter
Aqui ficam estes versos longos
De quem pouco sabe, mas está atento
Aprendendo com o passado
E com todo o acontecimento.
H.N