domingo, 4 de maio de 2014

Dia da mãe


Mãe há só uma
A que sofreu as dores
Do nosso nascimento
Entre medos e temores
Recebeu nos braços
Sua obra e criação
Na mais perfeita sintonia
Coração com coração
Numa beleza perfeita
Numa união tão imensa
Que poucos conseguem quebrar
Numa compreensão propensa
A ensinar o melhor conhecimento
Numa sabedoria inalcançável
Que muitas vezes é incompreendida
Pela juventude inabalável
Mas sempre está aí
À nossa escuta e conforto
Braços aberto no profundo
De águas claras, esse porto
O tempo passa por ela
Cada dia mais bela e preocupada
Entre as rugas que lhe cobrem o rosto
São as marcas da debandada
Que foi uma vida de trabalho
Uma vida dedicada aos seus
Força de uma alma poderosa
Por quem eu reso a Deus
Na incansável guerreira
Essa mãe não tem igual
Ergue mundos em seu ventre
Com a força imperial
Mãe é nome de eternidade
Mãe é exemplo para mim
Mãe é força e amparo
Mãe é a presença sem fim.

 H.N


sábado, 3 de maio de 2014

Sentir, amar e viver


Ser ou não ser
Eis a questão
Escrita pelo poeta
Cravado no coração
Sentir, amar e viver
É um rumo provável
De um amanhecer
Neste mundo louvável
No riso das montanhas
No suspiro dos mares
Eu encontro meu futuro
Prontidão aos teus pés
Preferia sentir a força
A que me arranca da perdição
Num palpitar tão perdido
Que se sente na escuridão
Sinto no valor da ternura
O vazio do teu abraço
E por guerra da bravura
No perfume do teu regaço
A fresca tinta azul
Que colora o meu céu
Faz parecer que a verdade
Se ergue em apogeu
Na profanação da beleza
Que é perpétua e imaculada
A tua esbelta silhueta
Perdida de tão cobiçada
Se a qualquer hora
Deixam de me ouvir
Será porque a tempestade
Não me ouviu pedir
Entre a frescura da tarde
E sol da nova aurora
Num grito que me afasta
No sopro que implora
Tornar a ver-te por aqui
Entre a penumbra e a claridade
Sentindo que sem ti
Se acaba a liberdade
Só a liberdade partilhada
Permitiu viver em pleno
Num mar de bem melhor
Num presente mais sereno
E na rocha deixei cravado
Em palavras sem nexo
O que me está a bater
No profundo convexo
A variedade de sentir
Entre corpo e espírito
Podendo assim abrir
O que carrego aflito
Libertando-me agora
Escrevendo-me em ti
E poder lutar com garra
Para sentir que assim vivo!


 H.N