domingo, 5 de janeiro de 2014

Num passar

Passa tempo, num passar
Que não deixa de ser ironia
Essa passagem sem compreensão
Que transforma euforia
Em choro e maldição
Num sofrer tão descompensado
Que já sem nome quebra
Em mil partes teu passado
Num grito fazes implodir a vontade
Num suspiro faz gelar a água 
Que que lava o rosto desgastado
Pela impiedade e pela mágoa 
Já não esperas ai, sentado
Já não estas a espera do destino
Só esperas que cai a noite
E que chegue teu assassino
Que venha o carrasco do teu querer
Que chegue o suspiro frio
Que te colocara na fronteira
Na margem certa do rio
Onde estará o barqueiro
Da escuridão maldita
Que guia os desventurados
Num destino de ermita 
Mas demora sua vinda
E gastas o passeio assim 
Com sentido de presente
Colocas tu mesmo um fim.

H.N

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