segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

De partida

Uma luz difusa
Um degrau desnivelado
Em que tropeço na vida
Sentimento inquinado 
Um supro de vento
Uma rua inclinada
Na qual rolou meu coração
Rua fora, nessa estrada
Num carro apressado 
Numa sensação de pesar 
Deixarei estes recantos
Para jamais voltar
Em rosas e cravos
São os jardins que decoram
Os lugares mais belos
Que agora me imploram
Que fique nesta rua
Que não abandone essa casa
Onde já foi um tudo
De alegria e desgraça 
Gritam por mim num suplício
Não abandones este lugar!
Mas eu preciso partir
Porque eu quero amar
Não quero ficar preso
As coisas tristes deste vilarejo
Onde passa sempre por um
Um mal que sempre revejo
E que me atormenta e persegue
Pelas ruas, pelas esquinas
E tentam acabar comigo
Essas almas assassinas!

H.N

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