domingo, 14 de setembro de 2014

Sou

Sou insano, sou profano, talvez louco
Sou descrente, sou ausente na lonjura
Podendo ser o bem para amar alguém 
Sem temer em medos a desventura 

Não sou quem poderia ser
Não sou quem querem que seja
Não quem esta terra deseja
Mas sim o que ela precisa de ter

Não obedeço a regras, não sou comum
Não aceito rótulos nem modelos
Tento ser o equilíbrio, linha cinzenta
Extremos, não quero conhecê-los 

Entre o branco e o preto
Ao meio se esconde a virtude
Tentando evitar os males de quem se ilude
E não se apegando ao sentido obsoleto

Não quero ser mais um no mundo
Não quero ser a desigualdade 
Quero ter meu próprio brilho
Quero apenas ser eu na verdade.

H.N