domingo, 9 de fevereiro de 2014

Vida de Peixe

Peixe que nadas no teu limite
Que navegas sem barco
Que percorres esse cubículo
A quem chamam charco

Tu que nessa esperança
Tão de viver limitada
Não rogas em crença a mim
Nem a Deus, nem a nada 

Nesse teu nadar limitado
Que percorre qualquer lado
Faz de ti o pequeno navegante
Que faz deste mundo intrigante 

Nesta sentença de lugar pequeno
Onde vives um viver pleno
De complexa entra a simples sensação
Que preenchem esse estranho coração

Que nem sabe quão limitado vive
Num espaço confinado pela minha alma
Que em tentativa de encontrar a calma
Aqui a olhar para ti estive. 

H.N


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