Qual vendaval que extrai
Do chão a árvore mais expansiva
Que sem marcas de idade
Entre murmúrios de irrealidade
Numa sonoridade alusiva
De um sentir que se desvai
E sem perceber a razão
Deste vento que leva tudo
Numa fria realidade
Entre a crua impiedade
Levando num som mudo
A própria alma em coração
E assim penteia as encostas
E molda a sua passagem
Um mundo ao seu prazer
Mas quem poderia dizer
Que tal tormenta era aragem
E de sentimentos eram compostas
As ventanias que me abalam
E que tiram de mim sentido
E sem dar pelos acontecimentos
As brisas viram tormentos
E tudo fica despido
Nas correntes que embalam.
Embalam o arvoredo
Num embalar sem igual
E quem diria que era vento
Esse que em ressentimento
Colocou um final
A este louco enredo.
H.N
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