quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Mar e areia

Nesse mar meu nome
Escrito à beira sal
Nesse mar passado
Meu sonho, vendaval
De onde somos nós
Nesta lonjura insana
Para sentir tua força
Numa sina que não engana
E assim somos o norte
Que no sul se faz poente
E sem rumo este barco
Se desmerece demente
Na mais dura rocha
Que despedaça o casco
Que se mostra rígido
Numa afronta de asco 
Enquanto a espuma cobre
Seus pedaços destroçados
Pela força da ondulação
Pelas vagas amaldiçoado
É essa o final, navegante!
Esse fim! no teu mar!
Morrer onde tudo já foi
Onde tanto foste buscar
E sem piedade acaba assim
Tudo em lascas na areia
Espalhados pela bravura 
Encantados pela sereia!

H.N


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