quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ser assim!


Porque será que a humanidade não entende
O que um poeta em palavras pretende
E qual o seu estado de pedir
E nessa incompreensão fica abandonado 
Num canto qualquer fica deixado
Enquanto não consigo fugir

Fugir da desventura que carrego
A presença eterna de um luar
Que a noite dá às caras
E nesta sentença faz saber
Que mesmo assim não vai morrer
Pelas suas vontades raras

Não é dependência de amor
Nem de um corpo o calor
Que o torna mais delírio 
Neste correr de água clara
Que neste correr se declara
Caindo qual cera num sírio

Não grites ao meu semblante
Esse corpo sempre andante
Que em calor faz movimento
Pois a sua sorte foi ditada
Pelo caminho, pela estrada
 Que não acaba no intento.

H.N.

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