Números, esses números loucos
Que vêm e vão da minha mão
Quem os consegue deter
Esse que sem se saber
Fogem do nosso cartão
Deixando tudo vazio aos poucos
Esses que alteram o querer
Manipulam a vontade
E sem poder fugir
Fazem-te chorar e rir
De tristeza ou saudade
De um dia os vires a ter
A quem tanto número tenha
Quem nem sabe que fazer
A tanta cifra acumulada
Mas na solidão da estrada
Se encontram num perder
De uma falta de amor embalada
E assim são as frações
Cruéis como só cobre
Que não preenchem corações
Nem fazem-te mais nobre.
H.N
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