sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Batalha


Uma guerra sem princípios
Uma batalha sem batedor
Um murmúrio de dor e morte
Movimentado pelo rancor 

Um suplico de multidões
Entre espadas de vocábulos 
Num fogo cruzado de argumentos
Que não saem dos corações

E entre o sangue derramado 
E as crianças sem família
Existem desgraças sem fim
Que persistem à tua vigília

Num poder de armas e aço
Que desbravam a imensidão
Num correr de corpos mortos
Que se dispõem no teu regaço

Nestes pedaços espalhados
Que são restos de um todo
Que se dispersam neste mar
Negro e denegrido de lodo

Neste confronto indecente 
Mais importante que a vida
Tudo passa sem saber
O que é passado e presente.

H.N

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