Eu receio a sorte, o futuro
Deste escrever tão inseguro
De um poeta de coração
Que chora e ri sem saber
Se a felicidade é querer
O bem de toda a vastidão
E é tão louco este sentir
Que se mostra de ser despido
E nem sabe onde achará
Onde em percurso será deixado
Se ao morrer fica finalizado
O que agora começará
Não sei se é escrita ou loucura
Se dá amor ou ternura
E num estado de letargia
Que se apresenta sempre eterno
Como desgraça, como inferno
Num feitiço, numa magia
Para ser franco nem quero saber
Se sou poeta, se vou perder
A guerra com a minha sorte
Que não depende da esperança
De receber a velha herança
E dos poetas o destino da morte.
H.N.
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