sexta-feira, 18 de julho de 2014

Entre cortados receios

Há noites que são vazias
Há dias que são tão cheios
De almas secas sem vida
Numa alusão de despedida
Entre cortados receios
De livres e simples poesias

Há tanta vida na morte
Quanta morte teme a vida
E sempre será esse o norte
No qual se encontra minha sorte
De manipulações revestida

São tortas as linhas que escrevo
São longos os caminhos a seguir
Neste concreto desejo
De encontrar um dia um beijo
Que me faça deixar de pedir
Mais sorte ao verde trevo


Na sequia das horas passantes
Que não são marcas de quem sou
Vejo já tantos navegantes
Que morrem entre despidos amantes
Mas ainda sei onde vou.

H.N


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