Bombas caem vinda do nada
Os gritos, a dor chamam a morte
Caem corpos dilacerados sem alma
Nada já se sente no horror da madrugada
E cada som é mais presente e forte
Já nem sabem onde encontrar a alma
Cada som, tanto medo de estar
Em cada movimento um presságio do fim
Não importa idade nem crença presente
Entre os passos que teimam em se calar
Na sentença cruel de estar assim
Sem saber o que se pensa ou se sente
Cada morte, uma maldição
Cada corpo caído, tristeza e amargura
Rostos desconhecidos espalhados pelo chão
Penteiam as teias longas da loucura
Maldade pura sem alma nem coração
Outros dilacerados, mutilados fisicamente
Pensam se é sorte ou verdadeiro azar
A sobrevivência incompleta e inocente
Num sentido de final de naufragar
Sem vontades de seguir em frente
Estes são os vestígios da guerra
Morte ou horrenda sobrevivência
Mutilação, desolação e abandono
Tudo isto numa arma se encerra
Não é tecnologia ou avançada ciência
É maldade pura com rosto e com dono.
H.N
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