terça-feira, 18 de março de 2014

Por onde estão?


Num tempo em que não estás
Restam-me poucos pilares
Poucos amparos de vontade
Onde foram? Onde estão?
Todos aqueles que diziam
Ser amigos, serem companheiros
Deste longo caminho
Onde estão? Quem os viu?
Porque parece que nesta estrada
Caminhamos só nós
Onde estão todos os que riam
A gargalhadas em minha companhia
Onde estão os que se diziam presente
Tantos rostos, agora nada
Só a poeira da estrada
Por onde caminho, por onde encontrei
Esses seres e com um sorriso
Tentei que seus caminhos
Fossem um pouco do meu
Fosse mais vivo e alegre
Onde estão esses viajantes?
Que encontrei tantas vezes
Que fizeram da minha história parte
Onde estão eles?
Ou eram pedras com quem falei?
Ou eram arbustos de imaginação?
Deveriam ser sombras
Fantasmas da amizade
Que me seguiram e agora nada
Tão nada! Sem vestígio
Foram loucuras minhas
Imaginação de confraternização
Que permitiram que seguisse
Numa solidão acompanhada
De fantasmas! Esses fantasmas!
Que são meu passado
Com quem falei calado


E agora me deixam abandonado.

H.N





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