segunda-feira, 3 de março de 2014

E da lua


É esta à luz!
Que me aquece e ilumina
Que me afronta e aclama
Que sem saber porquê
Me chama qual vontade
Num tumulto, irrealidade
E sem presa passa agora
Nesta noite, vida fora
Faz de mim sobriedade 

Sou da lua, filho negado
Sou do sol, sentença e cruz
E entre os raios de luz
Sou sentido abandonado
Sou a chuva que cai lá fora
Entre as janelas desta vida
E nesta sentença despida
Faz de mim a tua hora 

E da lua 
Sou a sentença
Da manhã que volta agora
E na hora da chegada
Onde noite se faz dia
Minha vida está vazia
Sem sentidos de viagem
Será isto uma miragem
Que me traz a poesia 

H.N

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