terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Luz


Entre essa luz tão clara
Quero ser luz, quero perder-me
Quero esvair-me em água 
Num pedir de querer-me
Entre a natureza mais viva
Mais verdejante e imponente
Querer ser terra tão negra
De lava em ser inclemente
Dos ventos e da brisa do mar
Do pó do tempo mais longe
Tornar-me luz em brilho forte
E num refúgio ser um monge
Ermita natural qual galho
Que cresce em direção ao céu
Num tule de folhas soltas
Qual promitente e sublime véu
Que segue o brilho das horas
Que segue do fogo o rumo
Que arde e lavra dentro de mim
E se espalha qual branco fumo
É neste tão natural sentir
Onde me quero perder
Para morrer em vida e luz
Para de seguida renascer!

H.N.

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