segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Eu e a loucura

Eu que entre as loucuras
Falo de tanto e de nada
E sem saber porque me encontro
Sozinho nesta madrugada

Talvez um louco em delírio
Ou desventurado na ilusão
Sou eu, ser sem nome nem rosto
Madrugada, morte e solidão

Besta bravia e galopante
Que num puro deleito diz querer
A dor arrancar deste corpo
E no alto desta escada se perder

Breve abalo do conceito
Que marca o movimentar deste navio
Que navega perdido em águas mansas
Nem saber se é mar ou o rio

Rasgos cortes e talhadas
Que retiram cada parte putrefacta
Desta alma fria, crucificada
Numa cruz de pedra intacta 

H.N

Sem comentários: