Eu que entre as loucuras
Falo de tanto e de nada
E sem saber porque me encontro
Sozinho nesta madrugada
Talvez um louco em delírio
Ou desventurado na ilusão
Sou eu, ser sem nome nem rosto
Madrugada, morte e solidão
Besta bravia e galopante
Que num puro deleito diz querer
A dor arrancar deste corpo
E no alto desta escada se perder
Breve abalo do conceito
Que marca o movimentar deste navio
Que navega perdido em águas mansas
Nem saber se é mar ou o rio
Rasgos cortes e talhadas
Que retiram cada parte putrefacta
Desta alma fria, crucificada
Numa cruz de pedra intacta
H.N
H.N
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