sábado, 3 de maio de 2014

Sentir, amar e viver


Ser ou não ser
Eis a questão
Escrita pelo poeta
Cravado no coração
Sentir, amar e viver
É um rumo provável
De um amanhecer
Neste mundo louvável
No riso das montanhas
No suspiro dos mares
Eu encontro meu futuro
Prontidão aos teus pés
Preferia sentir a força
A que me arranca da perdição
Num palpitar tão perdido
Que se sente na escuridão
Sinto no valor da ternura
O vazio do teu abraço
E por guerra da bravura
No perfume do teu regaço
A fresca tinta azul
Que colora o meu céu
Faz parecer que a verdade
Se ergue em apogeu
Na profanação da beleza
Que é perpétua e imaculada
A tua esbelta silhueta
Perdida de tão cobiçada
Se a qualquer hora
Deixam de me ouvir
Será porque a tempestade
Não me ouviu pedir
Entre a frescura da tarde
E sol da nova aurora
Num grito que me afasta
No sopro que implora
Tornar a ver-te por aqui
Entre a penumbra e a claridade
Sentindo que sem ti
Se acaba a liberdade
Só a liberdade partilhada
Permitiu viver em pleno
Num mar de bem melhor
Num presente mais sereno
E na rocha deixei cravado
Em palavras sem nexo
O que me está a bater
No profundo convexo
A variedade de sentir
Entre corpo e espírito
Podendo assim abrir
O que carrego aflito
Libertando-me agora
Escrevendo-me em ti
E poder lutar com garra
Para sentir que assim vivo!


 H.N

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